Passamos pela vida nos encantando e desencantando todo o tempo.
Construímos imagens, damos formas, colorimos e até nomes damos,
mas não lembramos de nos resguardar dos efeitos do tempo,
dos excessos de zelo, das carências infindáveis!
Vem a ferrugem e se deposita um pouco aqui e ali.
A tinta descasca, as cores desbotam e quando vemos...
o desencanto já se instalou.
Nada mais é bonito. Nada mais brilha tanto. Nada mais nos envolve.
Nada mais nos empolga como antes.
Temos vontade de abrir a porta e colocar pra fora.
Escancarar janelas e desafogar por dentro.
A despeito de fazermos isso ou não,
seguimos nos desencantando com situações, pessoas, sonhos, ideias.
Deixando que se quebrem os sentimentos originais e também os cultivados,
incluindo os inoportunos.
Depois de tantos pedaços misturados, tentamos continuar o caminho
com um sorriso falso no rosto, uma lágrima escondida no peito
e um grito engasgado na garganta.
Sem olhar espelhos, sem confrontar o tempo,
sem perceber os espaços que ficaram num coração sem nada,
como uma casa sem móveis; inútil, sem função, sem atrativos
e sem vida.
__Val Zamp__
17-05-14
Bom dia, Val.
ResponderExcluirQuando esse desencanto instala-se em nossa mente, no nosso coração, é algo no mínimo preocupante.
Toda a graciosidade de dias atrás parece que foi desintegrada e o que fica em nosso rosto é uma apatia, um querer que tudo volte a ser como antes, mas como isso não é possível, vivemos do jeito que podemos e seguimos adiante.
Assim, é a nossa existência, procurando sobreviver meio ao caos.
Ninguém espera e nem sabe quando o desencanto surgirá, é feito doença silenciosa.
Parabéns.
Tenha uma semana de paz.
Beijos na alma.
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http://refugio-origens.blogspot.com.br/2014/07/mudas-metaforas.html(blog onde escrevo nos dias 09 e 23 de cada mês.
É verdade, Patrícia. Ele chega como doença silenciosa e nos oprime com intensidade. Ainda bem que não demora. Ainda bem que se vai; se bem que volta. Sempre volta. Um beijo e obrigada. :)
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